PALESTRA ONLINE DA ABEC-PR FALA SOBRE CARTOGRAFIA NA ENERGIA

21-05-2021 09:31

Aconteceu nessa semana mais uma palestra do ciclo TECABEC, uma iniciativa da ABEC-PR (Associação dos Engenheiros Cartógrafos do Paraná), via Termo de Fomento/Colaboração com o CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná).

Dessa vez Murian Rafael Caetano Di Cicco, novo Presidente ABEC abriu o encontro apresentando os palestrantes da noite.

Em um primeiro momento, Marco Rucinski que é engenheiro cartografo, engenheiro eletricista e atua na Copel há mais de 25 anos fala sobre a “Utilização e importância em concessionárias de Distribuição”

Ele que atua na área de Distribuição da Compahia Paranaense de Energia ressalta que a Copel é a 4ª maior distribuidora do mundo, com 4,9 milhões de unidades consumidoras, 11 milhões de pessoas atingidas, 394 municípios do Paraná e 1 de Santa Catarina.

Lembra ainda que existem 7 municípios no Paraná que hoje não são atendidos pela Copel.

Durante a palestra Rucinski buscou trazer as inovações da Companhia, como criação do Centro Integrado de Distribuição que fica no bairro Portão em Curitiba, Projeto Smart Grid, eletrovia que liga Paranaguá a Foz do Iguaçu e também os projetos de automação que permitem um acesso muito mais rápido e remoto para resolução de problemas.

“Quando há uma interrupção de energia, através da rede inteligente, é possível identificar e isolar o problema, fazendo isso do próprio escritório, sem precisar estar no local”.

Outro projeto importante que a Companhia está atuando se refere a troca de todos os medidores antigos, para medidores inteligentes. Com eles é possível monitorar o consumo a todo o momento, até mesmo pelos aplicativos de celular.

“Para fazer isso é preciso um planejamento muito bem executado, com base de dados robusta e é aí que a cartografia entra”, explica ele.

“Hoje a Copel tem o estado do Paraná totalmente mapeado, mas foi um trabalho de anos. Sempre estamos atualizando esses dados, principalmente nas áreas urbanas. Temos em torno de 5 mil empregados, desses mais de 2 mil usam dados de geoprocessamento para executar seus trabalhos”, conclui.

Marco explica ainda a diferença de perímetro urbano e rural destacando a importância dessa classificação para cobrança da tarifa de energia. “Exemplo, se temos uma chácara de lazer e está no perímetro urbano é atendido com área urbana. Detalhes que mostram o quanto é importante ter uma base de dados cartográfica para cobrança de energia”.

Ele trouxe também um resgate histórico, com documentos desde 1974, quando não existia sistema cartográfico nas pesquisas da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), até os dias atuais, onde a agência reguladora passou a exigir sistema de geoprocessamento. “Somente em 2014 a Copel tem seu primeiro sistema de geoprocessamento, um padrão, que todos os funcionários necessitam atender. Hoje é mais fácil de atender as normas de cartografia, mas houve toda uma história. Todo ano temos que mandar a base de dados de geoprocessamento da Copel para agência reguladora, ou seja, a cartografia está envolvida em todos os nossos processos”, finaliza.

Sua colega de profissão e que também atua na Copel, Luciane Borges complementou o tema, falando da área de Geração de (GET) Geração e Transmissão, especificamente sobre “Liberação Fundiária em empreendimentos de Geração de Energia”.

Ela mostrou a presença da Copel Geração e Transmissão no Brasil, em 9 Estados, os ativos de geração do Paraná (usinas hidráulicas, eólicas e térmicas) e explicou sobre a liberação fundiária dos diversos tipos de empreendimentos, ressaltando o passo a passo de um levantamento para construção de projeto de usinas hidráulicas, como forma reservatórios e APPs.

“É feito um levantamento prévio para saber as áreas diretamente atingidas e assim começar a constituir o plano de liberação fundiária. A sequência de trabalhos envolve coleta de dados e para isso precisa da cartografia e topografia.

No passo a passo ela falou sobre o cadastramento fundiário preliminar, anuência de acessos nas propriedades, cobertura aerofotométrica, apoio de campo, dentre outros.

“Todas essas informações são levadas para banco de dados georreferenciado. Junto com a cartografia temos muito do trato humano, conversar com as pessoas, coletar informações. É importante visitar a todas as propriedades atingidas para a realização de medições topográficas e geodésicas”, diz.

Luciane explica também que em algumas situações não é possível conseguir 100% do empreendimento em negociação amigável, nesses casos é necessário o ajuizamento para desapropriação, com decreto de utilidade pública.

Ela mostrou algumas diretrizes de indenização que fazem parte da Copel GET. “Nossos processos indenizatórios se baseiam na redução máxima de impactos ambientais decorrentes da implantação e redução máxima de realocação. Nesse sentido a cartografia é fundamental para fazer esse tipo de avaliação. Através dela, podemos avaliar se uma APP pode ser reduzida em um local ou ampliada em outro

Finaliza explicando o passo a passo da regularização até o pagamento e desapropriação do local. “É um processo moroso, com a presença forte da cartografia, topografia e gestão imobiliária é possível dar seguimento ao trabalho dos procedimentos de geração”, conclui.  

A última palestra do TECABEC acontece no dia 28 de junho as 19h e tem como tema “Aplicações com Drone e Lidar na Geotecnologia”. Em breve mais informações.

 

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